Um homem e uma mulher, apesar de não terem feito nenhum curso, para serem esposo, esposa, e pais, como acontece em relação as profissões escolhidas, acabam se unindo, primeiramente por uma empatia inicial, e depois ao longo de um namoro, descobrem afinidades e laços mais profundos, que os fazem acreditar em uma vida a dois, se complementando, se unindo para superar as dificuldades naturais de uma vida conjugal.
E entre acertos e erros, como se fundamenta a ciência, através da experimentação, para acabar reconhecendo uma lei nova, encaminham suas vidas, gerando filhos, se doando, se privando de muitas coisas que gostariam de fazer.
Os filhos acabam crescendo, estudando, escolhendo as mais variadas profissões, constituem famílias também, e acabam esquecendo de quem lhes gerou, amamentou, ninou para embalar seu sono, trocou suas fraldas, perdeu seu sono quando alguma coisa não estava bem, lhe deu banhos, e principalmente amor.
Os pais seguindo uma lei natural, do mundo em que vivemos, acabam perdendo a vitalidade, uns em maior, e outros em menor grau. Acabam por não acompanharem mais o ritmo dos mais novos, gostam de programas diferentes, mais sossego, e em alguns casos ficam presos em seus lares, para cuidar um do outro, diante de alguma enfermidade.
Não vou aqui generalizar, mas muitos filhos se comportam com tal indiferença, que em uma data tão especial, como a passagem do ano, e o primeiro dia do ano novo, ficam imersos em seus afazeres, e compromissos sociais, viagens, que acabam esquecendo de uma simples visita, uma palavra de carinho, um abraço, um beijo, a quem lhes dedicou uma vida inteira de afeto, amor e dedicação.
Quanta insensibilidade, se não conseguimos ter gratidão a quem nos gerou, a quem teremos então?
Um dia também estaremos na mesma condição de nossos pais, então poderemos receber com a mesma moeda, o tratamento que dispensamos as pessoas, que abaixo de Deus, foram as mais importantes em nossas vidas, ou seja nossos pais.
Porém o processo de aprendizado de um, pode ser diferente do outro, uns escolhem o caminho do amor, outros o da dor.
Não temos o direito de julgar ninguém, pois Deus em sua imensa tolerância e paciência, sempre espera nosso arrependimento, e que tomemos consciência de nossos atos, e quanta consciência ainda devemos adquirir, visto que só temos 10% do total que poderemos atingir.
Mas nosso caminho evolutivo é lento e contínuo, assim como a passagem dos dias.
Coisa similar também acontece em relação a profissão que os pais tem, os filhos muitas vezes não querem segui-la, e muitos até se envergonham do trabalho de seus pais, no entanto continuam mamando do esforço dos pais, não participam de forma alguma, não se oferecem para um mínimo de ajuda, e ficam na zona de conforto.
Usam os cartões de bancos dos pais, sacando o dinheiro como se fosse inesgotável, mas não atinam que por trás daquele cartão, e daquela máquina, existe um trabalho gerado para que aquele dinheiro ficasse disponível.
Como o índio que veio para a cidade, e viu uma torneira saindo água, foi a um depósito de material de construção comprou uma e levou para a aldeia, quando colocou a torneira na oca ficou decepcionado, por não sair água nenhuma, pois ele não sabia de todo o processo de distribuição da água, o que existia por trás da torneira.
Como disse um certo palestrante, vivemos hoje em um processo de despamonhalização, ou seja, o processo das antigas famílias de fabricar pamonhas, era para ter o envolvimento de todos os membros da família, um colhia o milho, outro descascava as espigas, outro ralava, outro cozinhava, outro espremia, outro colocava na palha, e o último amarrava, enfim havia a participação de toda a família no processo de fabricação.
E o ato de todos sentarem ao redor da grande mesa, para degustarem as pamonhas era muito gratificante, pois todos tinham dado o melhor de si, e as pamonhas eram muito mais saborosas.
Família unida permanece coesa, ao passo que hoje a desunião toma conta da maioria dos nossos lares, cada um para um lado, e o todo fica comprometido, dando oportunidade para a entrada das drogas, pela insatisfação que acometem nossos jovens, pelos conflitos interiores, pela falta de um direcionamento dos valores reais da vida, pela falta de espiritualidade, pela excessiva competição do mercado de trabalho, pela falta de vagas nas universidades públicas, pelo consumo desenfreado, pela banalização do sexo.
Portanto vamos trabalhar nossas indiferenças, para podermos fazer a diferença!!!
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