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sábado, 26 de janeiro de 2013

CABELOS AO VENTO

 Eis que me vejo passando por um caminho, um cenário de fim de semana, por ele vou seguindo, trabalho pela frente, mas a inquietação de escrever o ocorrido me faz muito sentido.
 Um gramado, uma lagoa, um parque, em primeiro plano uma mulher abaixada com cabelos esvoaçantes em destaque.
 Cabelos ao vento, um toque sutil da natureza em nosso corpo por um momento.
 A descida e subida dos fios provoca um contraste, uns ao chão pela ação da gravidade, outros ao alto brilhando no firmamento.
 Cenas do cotidiano observadas com pequena brevidade, mas que continuam gravadas em uma mente que tem sensibilidade.
 A descrição de uma simples ação em que o tempo insiste em apagar, mas que gravada no espaço quer se perpetuar.
 Momentos de introspecção, segundos de inspiração, resultam em palavras que nos levam a interiorização.
 O pensamento voa, e não é a toa, um turbilhão de mensagens vem em direção a minha pessoa.
 Agora vem a indagação?
 Cena real para quem tem os pés no chão, mas acrescentados destaques adicionais para quem tem fértil imaginação.
 Para quem usa mais o raciocínio lógico, uma cena qualquer que entra no esquecimento, mas para quem voa na abstração, encontra palavras que alegram o coração, e aumentam o discernimento.
 Ó vento, leva também meu pensamento para o espaço, e onde devo ir, e devolve o caminho correto a seguir.
 E na tênue linha que separa o real do imaginário, uns vivem dormindo acordados, e outros acordados dormindo, uns vivem querendo, e outros agradecem o que for vindo.
 Natureza, pessoas, o tempo, o vento, nos remetem as profundezas da imaginação, quem duvida disso, é que nunca teve inspiração.

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