Biologicamente somos um tubo, com uma entrada, e duas saídas.
A entrada, que é a boca, é digna dos maiores prazeres gustativos, que nos deliciamos nas refeições, nas festas, banquetes, e todos os tipos de comemorações.
E fazemos questão de comer em grupos.
Mas enquanto, ainda não vivermos de luz, vamos ter que lidar com as saídas.
E isso, é um terrível incomodo para a maioria das pessoas, que não querendo entender e lidar com o problema, que é dela, porque se comeu, tem que sair, e chega a tal ponto, de ser uma fecofobia ( fobia em lidar com seus dejetos ).
A água doce, disponível para o ser humano está cada vez mais escassa, e segundo estudiosos no assunto, corre risco de faltar em um tempo não muito distante.
O Brasil, possui a maior reserva de água doce do planeta, cerca de 8% da água doce disponível. Porém 80% destas águas estão na Amazónia, onde a população é de apenas 5%, os 20% restantes, respondem pelo abastecimento de 95% da população.
E hoje no Brasil, cada indivíduo normal em média, fora os entupidos, gasta só com o vaso sanitário por dia, se usar 4 vezes, se for o vaso acoplado 24 litros de água, agora se for com o vaso de válvula embutida, gasta de 48 a 60 litros de água, se a válvula estiver regulada corretamente.
Sendo que a OMS ( organização mundial da saúde ), recomenda que se gaste 40 litros diários por pessoa, mas no Brasil se gasta em média 200 litros, ou seja, 5 vezes mais, cálculos da Associação dos fabricantes de materiais sanitários ( Asfamas ).
Olhem que desperdício, para uma água que teve um custo, para ser captada, tratada e distribuída, e nós para nos livrarmos desses dejetos, vamos poluir e contaminar muitas nascentes, riachos, rios, pois é lá que esses dejetos vão parar.
E no Brasil, somente 27,3% do esgoto é tratado.
Vejam a que ponto chegamos, ficamos inferiores aos animais, porque o estrume deles pouco polui as nascentes, e ainda tem um valor comercial, pois se usa para fazer compostagens de adubo orgânico, e muitos usam diretamente nas hortas, pomares, e outros tipos de cultura.
Porém os nossos dejetos, além de não ter valor comercial, poluem e muito.
Os animais, quando excretam ficam em uma atitude de doação, que é uma coisa boa para as plantas.
Já nós humanos, centrados no nosso ego, queremos segurar ( Segundo Sigmund Freud, fixação anal ), até o que nos deixa enfezados ( cheio de fezes ).
Essa matéria fecal, que já não possui nenhum nutriente para nosso corpo extrair, só fica contaminando nosso sangue, nos deixando mal humorados, gerando gases, e comprometendo nossa saúde.
Assisti no YouTube, uma mulher que fez até promessa para evacuar, pois ficava até 20 dias sem fazer o número dois.
Com esse comportamento invertido do ser humano, pobres das plantas, que tiverem o infortúnio de se depararem com seus dejetos ( ou mata as plantas, ou as deixa aleijadas ).
E olha, que na Índia e China, onde já existe tecnologia de biodigestores, foi comprovado, que o dejeto da cada ser humano, geraria o gás suficiente para ele cozinhar sua própria comida, ou seja cada indivíduo seria auto suficiente nesse quesito de energia.
E se mudarmos nosso comportamento, o resto viraria adubo, e seria de utilidade para jardins, e outras plantas.
No mundo, e aqui também no Brasil, já existem ecovilas, que estão usando o vaso seco, ou seja, você constrói com tecnologia simples e barata, não necessitando de tubulação hidráulica, e não gastando água, você só precisa depois do uso, adicionar serragem, ou outra matéria orgânica seca triturada.
O vaso não exala mal odor, e não polui, você só precisa depois dele estar cheio,( e isso demora muito tempo ), esvaziar e adubar as plantas.
Se os 19 milhões de habitantes da região metropolitana de São Paulo, diminuírem a descarga, pelo menos uma vez por dia, serão economizados mais de 160 milhões de litros de água por dia, o equivalente ao abastecimento de uma cidade do porte de Santo André ( São Paulo ), a quinta maior cidade do estado com 673.914 habitantes.
Então, pela melhor qualidade de vida do planeta, por ordem decrescente do uso do vaso seria:
Uso da válvula embutida na parede, gasto de 12 a 20 litros de água, por vez de uso.
Uso da caixa acoplada, de 3 a 6 litros de água, por vez de uso.
Uso do vaso seco, 0 litro de água, por vez de uso.
Se a urina for separada, nas tubulações de esgoto, poderá ser utilizada para a fertilização de solos, pois ela contém ureia, substância útil as plantas, em uma comunidade na Bahia, um engenheiro agrónomo orientou os demais membros do local, por falta de estrume de animais, a fazerem montes de capim e urinar em cima deles, a urina ajudava a decompor mais rapidamente o capim, para ser utilizado como adubo depois.
Então vamos aumentar nossas consciências, e ajudar a poluir menos o planeta.
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